domingo, 27 de novembro de 2005

O fortalecimento das redes de relações sociais

A segregação social é uma realidade nas metrópoles brasileiras e não deixa de ter sua representação em cidades de menor porte. Uma segregação que não é feita por muros ou leis, mas há uma parcela da sociedade que não tem nenhum acesso a trabalho, aos serviços do Estado ou qualquer tipo de beneficio. Mesmo já estando no século 21, os fatores que geram violência hoje são praticamente os mesmo do final do século 19: condições precárias de habitação, desemprego, desigualdade, preconceito social, fome, falta de perspectiva e muitos outros, ou seja, quesitos que toda a massa de excluídos pela segregação se insere perfeitamente.

Observamos, entretanto, que, além destas razões históricas para a violência, a fragilidade das redes de relações sociais é um outro fator a ser considerado quando pensar-se sobre violência urbana. Redes de relações sociais otimizam a utilização de recursos existentes além de criarem o sentimento de solidariedade assim como a necessidade de sua pratica.

Se o Estado, bem como as instituições privadas, trabalham com responsabilidade social criando, apoiando, patrocinando e incentivando trabalhos e projetos que tem como fim uma ação direta dentro das comunidades mais necessitadas destes serviços haverá um nascimento e fortalecimento das redes de relações sociais e a inevitável melhoria da comunidade derivada deste fato.

Projetos como PETI, Agente Jovem, atividades dentro das escolas durante os finais de semana e férias são alguma realidades já existentes e que mostram resultados, mesmo que as vezes não pareçam ser frutos direto destes trabalhos, na diminuição da violência, principalmente entre os jovens. Empresas podem, por exemplo, criarem programas de atividades de interação e socialização para as famílias dos seus trabalhadores ou fazer isso nas próprias comunidades de forma que essas atividades possam trazer animo e vontade de viver para as pessoas que, por uma situação de pobreza, perde grande parte da sua disposição para essas atividades.

Reforçar as relações sociais faz surgir uma nova forma de pensar, nasce o pensar-comunidade e junto a ela o agir-solidário. Cria um vinculo de compromisso e confiança entre instituição e povo formando uma malha de atitudes coletivas positivas para o bem-comum e melhoria para todos.

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Pane no sistema

E eu me pego pensando como nos somos autômatos ou como querem que sejamos. Coisas simples que as vezes nos passa despercebido, sem a devida reflexão.
Acho que já é clássico o sistema da biblioteca da UESB (caixas de bancos também nunca escapam) estar caído, e sempre que você vai devolver o livro, sempre no maldito e único e raro tempo que você consegue ir na biblioteca para entregar o livro, já com o medo de pegar multa gigante, o sistema ta caído, “pô, vou pegar multa mesmo?”, “mas volta em quinze minutos!”. E teria que ficar lá, parado, pelo bem do sistema, esperar ele desestressar para poder então trabalhar para fim que foi feito: agilizar nossa vida! Isso mesmo, não acredita?
Nós modificamos nossas vidas pelo sistema, nos enquadramos! Ele seria programável para melhorar as nossas vidas, mas nós que temos que nos programar para a felicidade e bom funcionamento dos sistemas.
Mas se o treco era pra descomplicar, por que complicou?

É... é isso?!